17 de nov. de 2024

A Dor Silenciosa de Ser Autista Nível 1 de Suporte 🧩🌍💔

Carregar o diagnóstico de autismo nível 1 de suporte pode parecer, para muitos, um fardo “leve”. Afinal, de fora, parecemos funcionar bem, adaptados às exigências do mundo. Mas por trás desse aparente equilíbrio, existe uma dor profunda, muitas vezes invisível.

O mundo nos exige máscaras. Aprendemos, com esforço, a imitar gestos, expressões e conversas que parecem naturais para os outros. Mas cada interação social, cada ajuste para “se encaixar”, nos consome de formas que poucos compreendem. O que parece ser “bom desempenho” é, muitas vezes, o resultado de um esforço constante e exaustivo.

Há também a solidão. Sentir-se diferente em um mundo que valoriza tanto a conformidade é um peso difícil de carregar. Somos frequentemente mal interpretados: nossas lutas são vistas como preguiça, nossos silêncios como indiferença, e nossas peculiaridades como excentricidade. Não é raro ouvir: “Mas você nem parece autista!”, como se isso apagasse as batalhas internas que enfrentamos diariamente.

A sobrecarga sensorial é outro fardo constante. Luzes fortes, sons altos e toques inesperados podem transformar momentos simples em torturas silenciosas. Mas o mais difícil é explicar isso para quem não sente o mesmo. Como transmitir que o barulho do mundo às vezes grita dentro da nossa mente?

Ainda assim, nossa dor não é invalidada pela nossa autonomia. Sim, podemos estudar, trabalhar e construir relações. Mas isso não significa que não estamos exaustos, que não desejamos um espaço onde possamos simplesmente ser.

Ser autista nível 1 de suporte é viver em um limiar: funcionamos o suficiente para que esperem o mundo de nós, mas sofremos o bastante para que essa expectativa se torne esmagadora.

No entanto, há beleza também. Em nossas paixões intensas, em nossa forma única de ver o mundo, em nosso jeito de sentir profundamente o que importa. O desafio está em encontrar um equilíbrio, em buscar acolhimento em um mundo que ainda tem muito a aprender sobre aceitação verdadeira.

Ser autista não é ser menos. Mas, às vezes, a luta para mostrar isso ao mundo – e a nós mesmos – é mais pesada do que parece.


アリネ・クルズ
Aline Cruz 

O Abraço Invisível dos Personagens que Nos Cativam 🖤🫂✨

Às vezes, em meio ao caos do mundo, encontramos refúgio em histórias que parecem feitas sob medida para nossas almas. Mais do que cenários fascinantes ou tramas envolventes, são os personagens que verdadeiramente nos cativam. Eles se tornam amigos invisíveis, conselheiros silenciosos e até mesmo espelhos de nossas próprias dores e alegrias.

Esses personagens têm um poder especial. Eles nos lembram que sentir é humano, que falhar é inevitável e que crescer, mesmo que doloroso, é essencial. É reconfortante ver suas lutas, seus tropeços e, principalmente, suas conquistas. Eles nos mostram que, mesmo em um universo fictício, a coragem e a resiliência sempre encontram um caminho.

Quando nos identificamos com um personagem, é como se ele estendesse a mão e dissesse: “Eu entendo você”. Talvez seja o ninja que esconde sua vulnerabilidade atrás de uma máscara, o guerreiro que carrega cicatrizes como medalhas, ou a alma gentil que luta para encontrar seu lugar no mundo. Seja quem for, eles nos ensinam lições que levamos conosco muito além das páginas ou das telas.

Nos momentos em que a realidade pesa, esses personagens oferecem um tipo único de conforto. Eles nos fazem companhia quando nos sentimos sozinhos, nos inspiram quando estamos perdidos e, de forma quase mágica, nos ajudam a acreditar que, assim como eles, podemos superar qualquer coisa.

Talvez eles sejam apenas fruto da imaginação, mas as emoções que despertam em nós são tão reais quanto o mundo que habitamos. Por isso, nos conectamos a eles com tanta intensidade, oferecendo-lhes um espaço em nosso coração que eles ocupam sem esforço.

Afinal, quem nunca se viu reconfortado por um ninja silencioso, um herói improvável ou uma alma determinada? Esses personagens são lembretes de que, mesmo na ficção, há verdades profundas que nos abraçam e nos ajudam a seguir em frente.

E, no final das contas, não é isso que buscamos? Um pouco de consolo, um sopro de esperança e uma dose de magia que só eles sabem nos dar.


アリネ・クルズ
Aline Cruz 

13 de nov. de 2024

A Dor Silenciosa do Luto: Quando o Silêncio Fala 💔

O luto é uma dor silenciosa, mas imensa. Ele chega sem avisar, como uma onda que quebra de repente, arrastando tudo ao seu redor. É um peso que se instala no peito, um vazio que parece não ter fim. Às vezes, a dor do luto é tão grande que o ar parece denso, e a vida, como a conhecíamos, perde o sentido. A gente sente como se o mundo tivesse parado, como se o tempo tivesse parado, mas todos ao redor seguem suas rotinas, alheios à tempestade interna.

A saudade é uma sombra constante. Está ali, nos pequenos momentos do dia, nos lugares que antes eram preenchidos por risos e gestos. E, de repente, o que antes parecia certo e seguro, se torna uma memória distante, e a falta dessa presença dói de um jeito que palavras não conseguem descrever.

O luto não tem uma forma certa de ser vivido, nem um prazo para ser superado. Ele vai se moldando de acordo com quem o sente. Às vezes, é uma dor aguda, que nos invade a cada lembrança. Outras, é um silêncio pesado que nos consome, tornando o simples ato de seguir em frente um desafio. E, entre essas oscilações, tentamos encontrar algum tipo de paz, ainda que ela pareça distante.

Mesmo diante da dor, existe um espaço para o amor. O luto nos ensina que, apesar de tudo, o que se perde não é completamente perdido. As memórias, os gestos, as palavras, continuam vivos em nós, como um eco suave no coração. A dor do luto, por mais intensa que seja, também é uma forma de lembrar que amamos profundamente. E talvez, no fim, o maior consolo seja saber que, de algum modo, quem partiu permanece em nós.

アリネ・クルズ
Aline Cruz

Entre Sonhos e Realidades 🌙💭


No silêncio dos meus sonhos,
Encontro um lugar pra escapar,
Onde o tempo não pesa,
E o coração pode respirar.

Mas a realidade me chama,
Com seu peso, com seu chão,
Me obriga a acordar cedo,
A engolir a solidão.

Sonhos que se desfazem,
Como neblina ao amanhecer,
Mas ainda insisto em acreditar,
Que talvez, um dia, vou viver.

As escolhas que não fiz,
Os passos que não dei,
Ficam em mim como fantasmas,
Que me olham, me observam, me protegem.

E o amor? Ah, o amor!
É uma luz que me aquece,
Mas, por vezes, também cega,
Fazendo-me ver o que não merece.

Tento encontrar felicidade,
Em momentos fugazes de paz,
Mas sei que sou mais do que isso,
Que a vida vai além do que se faz.

Dormir, sonhar, fechar os olhos,
É minha fuga, meu alívio,
Mas a dor é sempre presente,
Silenciosa, sutil, mas no fundo, intenso.

Então sigo, tentando ser forte,
Mesmo quando as sombras me abraçam,
Entre sonhos e realidades,
Onde a alma se perde e se encontra.

 
アリネ・クルズ
Aline Cruz