O luto é uma dor silenciosa, mas imensa. Ele chega sem avisar, como uma onda que quebra de repente, arrastando tudo ao seu redor. É um peso que se instala no peito, um vazio que parece não ter fim. Às vezes, a dor do luto é tão grande que o ar parece denso, e a vida, como a conhecíamos, perde o sentido. A gente sente como se o mundo tivesse parado, como se o tempo tivesse parado, mas todos ao redor seguem suas rotinas, alheios à tempestade interna.
A saudade é uma sombra constante. Está ali, nos pequenos momentos do dia, nos lugares que antes eram preenchidos por risos e gestos. E, de repente, o que antes parecia certo e seguro, se torna uma memória distante, e a falta dessa presença dói de um jeito que palavras não conseguem descrever.
O luto não tem uma forma certa de ser vivido, nem um prazo para ser superado. Ele vai se moldando de acordo com quem o sente. Às vezes, é uma dor aguda, que nos invade a cada lembrança. Outras, é um silêncio pesado que nos consome, tornando o simples ato de seguir em frente um desafio. E, entre essas oscilações, tentamos encontrar algum tipo de paz, ainda que ela pareça distante.
Aline Cruz